sábado, 23 de agosto de 2014

FIM INESPERADO


Certo dia, vi um barco à beira do mar.
Belo, irresistível, vibrante fascínio...
A princípio, encorajado pela incerteza do destino,
E como bom amante do desafio, fui em frente a navegar.

Mar adentro, enfrentei as mais bravas tempestades,
Gigantes ondas tentaram virá-lo.
Alimentado por ventos de possíveis verdades...
De repente, rochas frias e silenciosas, rasgaram o meu casco.

Tentei a todo custo segurar as guias.
Esquecer o passado sujo dessas águas...
Mas toda tormenta, dilacerou impiedosamente as velas.

Na negrura da noite, sob a luz de uma lua vermelha,
O mar azul refletia minha última centelha...
Me afogar em desluzidas ondas violetas.