quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

CÍRCULOS DOURADOS


Deveras teus gestos neste instante
Como lascívia droga degradante.
Viciando meu corpo em teu seio
O toque em teus lábios, meu anseio.

Quando me priva pensamentos ocultos
Por teus círculos dourados, silêncio obscuro.
Borbulha-me a mente em trevas desnudas
Os despeitos sadios em noites escuras.

O que possuis nestes dourados círculos?
Feitiços de unir a ti meus vínculos?
Ou veredas para o eterno limbo?

Reflete-me tuas aspirações reprimidas
Refresque-me em tuas lágrimas contidas
E quando eles não alcançarem a visão
Será teu, os meus, sem qualquer rejeição.

VIOLETAS ONDAS


É preciso desquerer você
Extrair o toque das mãos
Suportar a distância dos corpos
Ignorar a sede dos beijos.

Apartar do teu colo brando
Banir teus desejos insanos
Infirmar o teu nome em meu canto
Execrar o teu gosto em meu pranto.

Ó lubricidade és tu.
Candura de maliciosa tentação.
Desvelo de dissimulada aflição.

Encontrar a saída dos teus ardis fulgentes
Das violetas ondas que minha mão se prende
Das pequenas rosas, meu sabor crescente.

Não peço tanto.
Queria desviar estes estados apenas alguns instantes.
Porque tê-los subitamente é admiravelmente contagiante.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012


 
Marionete
 
Porque deveria eu
Ceder aos seus caprichos?
Só porque um tal deus prometeu
Em baixos cochichos?
 
Posso até ceder,
Mas primeiro deves confessar
Que seu principal querer
É a sociedade agradar.
 
Tu não me venhas
Com promessa solta,
Não quero tornar estranha
Minha futura revolta.
I

Queria eu subitamente
Esvaziar teu coração,
Expulsar passivamente
Todas aquelas nas quais puseste a mão.

Meu coração já está no fogo impiedoso
Das suas mãos ardentes
Creio eu que és atencioso,
E escutas meus gritos latentes.

Quero que seus olhos se fechem à ideia dos meus
E que queiras cometer maldades inocentes
Como Incubos, invada meus sonhos,
E por piedade me aprisione em ti.



quinta-feira, 22 de novembro de 2012

CAMINHOS AO VENTO

Cresci e agora vou vivendo sem temer
a vida que me aguarda mundo afora.
Mil problemas que me surgem quase toda hora,
e o tempo pouco, vou embora, vou correr...

Caminhando entre ruas, vou levando a vida.
Olhos vivos sempre a observar.
Corpos magros, pratos rasos, fé sentida...
Que a massa segue em frente a ignorar.

Vou correndo contra o vento,
Vou lutando contra o tempo sem temer.
Vou correndo contra o vento,
Na brisa sinto o meu momento,
Sem ceder...

Chego em casa do trabalho um lixo humano,
Mas descansar está fora de questão.
Sem promessas, sem mentiras, tenho planos.
Esquece os medos... Me dar a tua mão.

domingo, 18 de novembro de 2012

SENSUS COMMUNIS HYPOCRITICA


Até onde chegará a hipocrisia do ser humano?
Será que até o desencadear do planeta?
Ou até a ilusão arrebatadora da salvação descer dos céus?

Porque as pessoas (a massa ignorante) não conseguem tomar suas próprias decisões? Porque elas insistem em dá razão irracional ao bem comum e não se tornarem capazes de sustentar numa postura firme e pessoal?
Creio que a indignação perante a tanta falta de caráter e supressão da própria vontade se manterá anos a fio. Porque é a burrice das massas que move este país. É a estupidez desacelerada que alimenta a vida das pessoas, movendo-as a um abismo superficial de classes, ao separatismo étnico, cultural e social.
Não que o mundo seja um montante de lixo execrável sem salvação. Há suas exceções... poucas... Mas ainda há pessoas que buscam diferenciar-se disso tudo e tomar rumos promissores conscientemente. É justamente essa pouquíssima diferença que ainda mantém esperanças para que tudo isso mude algum dia. Porém ainda sinto-me inerte diante da análise do comportamento humano; das razões ínfimas pela qual é facilmente corrompido, submisso e menosprezado. O pior disso tudo é que ele faz isso com consciência, mas a ignora, porque status vale bem mais que caráter.
Dias e dias virão e minha indignação será a mesma.

Mas espero que uma aurora de mudança chegue em breve. 
Antes que esta alma escura e incomum pereça sobre esta terra de corvos e cães.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

CÉU ROSADO

Pequena afável de olhos dourados,
Qual a causa deste sentimento latente?
Boca cálida, altivo gosto.
Não me deixes assim predisposto,
Do teu tépido sabor oneroso.

Por que vens tirar meu sono?
Dias e noites de tormentas...
Continuamente me invade atroz,
A mente desta ignóbil alma feroz.


Seria obra de devaneios carentes?
Ou preceitos de um amor crescente?

Eis o mar de incertezas que começamos a navegar,
No aguardar das tempestades que iremos enfrentar.
De mãos dadas, domando as ondas, mantando monstros...
Do sol nascente ao entardecer...
Jamais iremos naufragar.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

HUMANO



Seres humanos...
O mais enigmátco dos seres!
Incomparável inteligência, sabedoria, divindade, maldade...

somos todos nós ligados a tudo isso.
somos todos nós, racionais, ocupantes deste ser.
procurando o melhor caminho...
procurando o melhor desfecho em nossa jornada!

O ser humano às vezes é decepcionante...
mas é pela maior parte dos seus bons atos, que ele é fascinante!